Por fim a narração chega perto do precipício. Empurrada.
Cada vez mais embalada por canções reluzentes. Ainda que sublimada, não
alcançada ou mesmo que tenha se apagado na noite mais escura de todas. Relata,
pois foi uma. Única.
Sua melodia
foi pura. Singela. Meiga. Sim. Foi seu olhar que fez o coração disparar e sua
voz alongar qualquer sensação. Gritou para o vento que seguia em errôneos
caminhos. Mas seguiu. Porque sua doçura sem fim salvou o que era apenas
amargura em sua pele.
A
racionalidade de uma verdade. De uma palavra. De escritas que poderiam ser
eternamente suas. Despertou sentenças que jamais vieram antes. Doces. Foram
completamente doces. Cobriu de rosas o caminho para que passasse. Inebriou-se
do sorriso angelical. Mergulhou em fantasia.
Respirou.
Olhou outra vez. Apenas um laço restou. O da sincera amizade que ali fincou a
espada. Ainda mais forte do que qualquer disparo da alma. E não mentiu. Os
lados a puxavam. Não sabia em que direção seguir. Quase esmeralda. E só de pensar...
emudece.
Trilhar um
puro caminhar. Sem tempestades. Sem meias verdades. Sem sacrificar qualquer
júbilo que possa vir. Sim. Sua velocidade em cortar as emoções. Surpresa. Soube
guardar as sensações no poço mais fundo. Pois era só ilusão. Porque amanheceu e
sentiu a brisa salgada lhe contar que aquilo era apenas sonho. Um dia. Uma
noite. Uma fuga. Talvez.
Fim. Para
uma parte. Eterna. Para o outro lado. E assim entende. E assim percebe. Sempre
foi clara. Cristalinamente.
Por isso, acredita. Por isso, não sente dor. Por
isso, deixa que vá. Uma memória. Ou melhor, várias. Que se escondem no passado.
E o futuro virá. Foi o melhor. Foi a maior canção. Unicamente por ser. Por dizer.
E não doer. Não por ela ser preenchida dos maiores ritmos. Mas, por brilhar
dentro das trevas da quase madrugada. Quase. Quase lá. E um dia chegará.
Nenhum comentário:
Postar um comentário