Cansa de
repetir. Porém, de alguma forma precisa relatar um pouco mais. No seu papel
digital. Em seu mundo desigual. Ou perfeitamente surreal. Porque enquanto riem,
viveu belas histórias. E ri de algumas também.
Não tem problema algum em seus longos passos, mas
chora. Não sabe ao certo porque ainda procura o último verso de sua narração.
De suas juvenis aventuras.
A maior
questão para a menina é solucionar onde errou. Por isso regressa lentamente ao passado. Em cada um deles. Detalhadamente revisita o outrora escapado. A
anterior viagem trouxe respostas. Contudo esta, que agora relembra, parece
turva, sem detalhes e sem espaços maiores para falhas.
Os fios
reluziram e viu o sorriso mais belo encontrado. Sua fronte era quase
translúcida. Seu perfume quase de fada. Uniram-se em palavras. Em escritas
sussurradas. Em promessas sublimes. E foi sua porque pediu e assim a chamava.
Aguardavam o
encontro. Este selaria uma vontade ainda maior que a da descoberta. E se
olharam. Seu coração parou por instantes. Emudeceu. Mas, a outra de luz
inigualável alertou. Elas sempre alertam. Preferiu ignorar o julgamento próprio
da outra que se chamava de monstro.
O tempo
passou. Desvaneceu na velocidade em que apareceu. E regressou. Sim.
Estranhamente reviu a sepultura ardente de seu sorriso. E as respirações
palpitavam no mesmo ritmo. Era uma canção zonza que saltitava no luar. Ainda
assim continuou. Este louco ciclo de respostas mal recebidas. De conclusões não
bem entendidas.
Na verdade
ainda não compreende. O que ocorreu. Em ambos os lados existem razões
irreconhecíveis, jamais encontradas de fato. É confuso. É tortuoso. A reposta
escorre na sua mente. Exagerou. Talvez. Ou não. Ou sua pele confusa fez o mar
de trevas se espalhar e nem percebeu.
Infinitamente
enobrecida de luz, recorda. A luz se apaga e a vida segue. A voz se cala e o
mundo desaparece. Foi meramente um sonho, repete. Repete até que não mais
possa. Aquela que um dia foi flor. E sim, desabrochou. E foi até um clichê, mas
gostou. E não. Não acredita no que os companheiros gritam em seus ouvidos.
Ignora. É. Mais uma vez ignora. Emudece. Sim, outra vez emudece. Porém, agora
para o novo futuro que virá. Cheio de novas luzes. Repleto de novas dimensões.
Outros hábitos, outras canções. Porque esta é somente uma e repete-se.
Eternamente. Enquanto sua lua se despede.
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