Como já disse no passado. São apenas palavras jogadas ao vento na
madrugada. É apenas o silêncio coberto de lama sufocante. Finca uma espada
dilacerante nas veias. Percorre o caminho entre laços e chamas. Enxerga ali um
precipício delicioso. Quer pular. Quer muito. Enquanto a calmaria sela o
pranto. Envolta em puro manto. Em tardes frias e solitárias.
Agora sim já
pode cantar para si. Pois as canções param quando os olhos secam. E estes já
secaram tanto que já se perdeu no encanto de ter o impossível segredo de amar o
inevitável. É assim. Foi e sempre será. Inevitável. Porque, enquanto o coração se
cura, entrega-se ao próximo caos que virá. E ele vem certeiro. Candente. Em
flamas rubras de dor.
Outro
espasmo e não amor. Outro encanto e já nem é mais flor. Que segurou na lança
mais afiada para encontrar a luz infinita dentro de um beijo prometido. Entre tantas outras
juras. Entre tantas outras festas. São somente palavras e a escrita é eterna.
Foi o que disse naquele papel. Júbilo. Ler e reler. Sim, foi real. O surreal
atingiu o sublime. Agora guarda a história envolvida em silenciosa tempestade.
Seguiu. E
porque seguiu encontrou novos abismos. Alguns até falsos. Outros ainda mais
complicados. Hoje talvez achou. Um sorriso. Verdadeiro. Um momento pequeno,
porém intenso. Intenso igual àquela que vivia a narração. Mas, ainda é preciso esquecer.
Trancar o passado em qualquer outro lugar. E gritar. Para jamais lembrar dos
milhares de sorrisos que guardou na alma. Correndo. Eles correm em sua mente.
Vem e voltam. E eram para nunca mais voltar.
Confusa.
Escapa. Deixa um pouco mais de vento entrar. Para acalentar um pouco mais a pele.
Para saber e reconhecer quando finalmente será o ponto final da história. Talvez
no último suspiro. Talvez no fim das palavras. Ou não. Não tem final. É por
isso que chora. Não há fim para tal estrada. É infinita. Porém, não mais
enobrecida de luz. E já sabe que não contará com a outra doçura.
Sim, mas tem
o novo sonho. Este que puxa. Puxa para o novo. E o novo? É sempre bom.
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