Mais uma intragável fumaça desce por sua garganta. Mais ilusórias
satisfações. Mais dias comprometidos. Sufocados em névoa tortuosa. Em chagas
translúcidas. Em fios dourados com goles sutis de tempestade. O amanhã
iluminado de faíscas reluzentes reinventa desculpas comprometedoras.
E a relva
enlaça o culpado gole seguinte. Em chamas o corpo contaminou o coração. Em
nebulosa certeza a mancha da raiva sentenciou o desejo silenciado. E
caminharam. Juntos em flores, em dores, poemas, lágrimas e mais novas canções.
Entoaram todas, em uníssono. Em vibração celestial. Em material surreal. Em
brando calor recorrente.
Ainda que
fosse a menina candente, jamais deixaria de celebrar a dor e a tristeza. Porque no
coração batem centenas de toques. Medidos e desmedidos. Contados e recontados.
Trilhados. Caçados. Na pulsante calmaria de ser quem é e por saber o quão longe
o destino pôs a afiada lança.
Move-se em
brumas escapadas. Ressuscita temores escondidos. Flamas. Brasa. Mais um pouco
de impropérios e delira até o amanhecer. Correndo para buscar um pouco mais do
sangue latente que vibra em sua pele. Nos sussurros que escapam enquanto morre
outra vez. Cortam-se palavras. Sumiram na madrugada. Alcançaram o silêncio
inesperado. Suspiraram até o último gole de tentação.
Lamentos de
despedida. Uivos de dor. Marcas alucinadas. Mais prosa rabiscada. Mais uma dose
do seu sorriso. Mais e mais. Sensações. Emoções. Canduras desbravadas.
Ventania. Espasmos. Louvor em santo pasto. Nos mais belos olhares almejados.
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