A questão está aí. Posta. Clara. Verdadeiramente
cristalina. Não existe retorno ou salvação. Não para essa sina. Amar o errado.
Para depois expulsar os certos. Porque vieram. E mandou todos para o mundo da
danação. Sem ao menos deixar os laços fortes. Pois o mais fácil cansa. E isso
sempre foi mais que forte.
A marca. Renegada. Purificada. Ou talvez santificada. Há doçura,
luz, força e engano. E existem todos os quatros cantos que foi e errou. Errou por livre e
espontânea escolha. Porque quis. E quis muito. Com toda a vontade que mora em
sua alma.
Não há retorno para os enganos. Sim, já viu outro caminho. Talvez
não vá. Não outra vez. Não precisa ir. O medo é maior. Correr. Correr para o
não sentir. Regressar para a mesma estrada do fingir. É a solução mais prática.
Porque os abismos já ficaram abertos por muito tempo e seu coração não mais
aguenta. Ele pulsa forte e vai em direção a morte. A morte maior. Ainda não
almejada.
Por saber, somente por isso, foge. E não cantará mais nenhuma
canção. E não deixará mais doçura, luz ou satisfação alguma iludir seus olhos.
Firmes. Agora certos de que não há saída. O pior é que talvez goste. E esse
gosto foi longe demais. Foi purificando e santificando imagens. Foi na beirada
da jazida profunda de uma sorte que não volta.
E cai. No abismo profundo de um sentimento inacabado. De verdades
pela metade. E de uma infinita aflição. Eterna. Exagerada, porém eterna.
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