sábado, 21 de julho de 2012

Doçura


 E a noite escorria entre risos e histórias. E lua esticava sua vontade estremecida. O erro de quase cair no precipício. E caiu. Quando os olhos se encontraram e a gargalhada espalhou-se. Quando o espaço sufocava as emoções. Ali. Naquela hora. O coração pulsava quente. O sangue candente. E uma olhar quase esmeralda. 

 A marca. A vontade. O doce beijo envolvido em suspiros. Nunca amarga. E os sorrisos cresciam enquanto a madrugada transformava-se em nascer do sol. Minutos. O tempo. A verdade. A consciente certeza de uma aventura com fim. Ponto final. Era isso. Tinha fim. Por isso, ainda melhor.

 Sem esperar. Sem evitar. Torturar. Jogar. Foi. E era para ser. Uma vez. Talvez algumas outras. E os espasmos de jubilo iluminavam a pele perdida entre sentenças e julgamentos. Livres. Sem a menor vontade de explicar a razão de ser e acontecer. Sem pudores. Sem pequenas e meias verdades. E o dia nasceu sim. O sol brilhava e anunciava a partida. Ainda que ruim conseguia ser doce.

  As impressões. As sensações. A memória. Uma lembrança. Doce, sempre doce. E os olhos se fecham. E a marca ainda não sai. E nunca esquece onde ficou. E jamais esquecerá. Respira. É sinal de que as horas se foram e a realidade trancafiou o desejo. E espera. Afinal sabe esperar. É o que faz de melhor. Aguarda, então. Pelos momentos que ainda virão. Amargos ou não. Nesta estrada ou não. Pois a ventania sopra enquanto a fumaça de sua narração desaparece no silêncio da varanda.

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