E os olhos quase esmeraldas flutuavam em seus sonhos. E a doçura
celestial de seu sorriso ainda fazia o coração disparar. O palpitar era quase
dor, porém banhado de espasmos de alegria e festa. Seus gestos suaves
proclamavam a certeza de uma vontade impossível. No fim resta somente o
silêncio da alma quando os pássaros cantam e os olhares não se encontram.
Foi o
destino impaciente que trouxe novamente os desejos secretos elevados pela
pureza do seu ser imerso em doce voz. Nada mais além de jubilo ao rever e ter
um pouco mais da presença repleta de encanto e risos.
Mas é um
pouco irreal. Impalpável. Surreal. Pois a riqueza de seus lábios voa enquanto
se perde nos sentimentos. O amanhã revelará uma solidão profunda e já não há
mais como escapar. Vai passar. Pois não houve paixão que não passasse. Mas há
um pouco de medo sim, pois todas ficam. E a estrada se reparte em histórias
vividas e talvez seja para ser assim. Talvez não. Talvez a única caminhada
necessária apareça enfim e liberte-a de qualquer dúvida ou amores tardios.
O saber é
ainda pior. Reconhecer e não mais puder dizer coisa alguma. Recorda o som daquela
gargalhada e a emoção flui nos seus passos. Os momentos. Os pequenos momentos
que parecem ainda sonho. E sim, é preciso repetir que esta doçura nunca foi
encontrada antes de tal forma em sua vida. Doce sim. E não existe como não
repetir esta palavra, pois é tudo que pensa neste instante.
Vibra.
Escuta. Reencontra. Espera. Sempre. Pois todos os laços um dia se tocam. E
finalizam ou recomeçam. Sorriem ou apenas dispersam. Mas a madrugada existiu. E
esta restará eternamente em suas lembranças. Pois viu que já era dia. E o sol
veio, ele há de vir sempre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário