sábado, 20 de novembro de 2010

Outrora

   Sozinha mais uma vez. Escuto, de longe, os pássaros cantarem. Estou ainda mais cercada de incertezas. Entrei num mundo que pensei que me pertencesse. Agora preciso lutar. Tudo que restava me abandonou. Sinto-me enferma de todas as formas.
   Sufocada em angustias, em palavras não ditas, em beijos rejeitados. A dor consome cada parte do meu ser. A fraqueza se espalha. Busco ouvir aquela voz mais uma vez. Procuro me consolar nela. Porém, não há o que dizer. O silêncio toma conta. A volta nunca ocorrerá.
   Os gritos abafados na minha alma ecoam. Não há mais como guardá-los. Cada minuto, clamam pela liberdade. Preciosos minutos se esvaem.  Só. Inevitavelmente só. Desisto de procurar. Ainda espero o retorno. Contudo, a esperança dissipa-se. Mais uma vez, permaneço a esperar o impossível.

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