Sim. Tem medo de você. E já mandaram calar qualquer verdade. Você é filha de reis dos processos desmedidos. Você é assustadora.
Agora resta apenas calar as injúrias e feridas que restaram. Agora só há apenas
a fuga. Depois de tantos sorrisos falsos. Depois. Estava ali estilhaçada.
Assustada. Jogada no chão que um dia pisaram. E sorriram. Agora era apenas
agressão. E você, protegida com sua lança celestial, contará sua própria e
derradeira versão.
Sim. O medo faz escapar. Corre para a
proteção daquilo que você tanto desconhece. O trabalho e o estudo. Aquilo que
te feriu, pois não soube ser inteira. Aquilo que, injustamente, lutou para ser seu.
E nunca existirá uma venda que possa cair e te faça ver o quanto a sua
crueldade machuca. E reza para que o vento proteja. Para que seja forte. Para
que nada de mal lhe aconteça e possa curar as feridas físicas que deixou.
Foge. Assim. Covarde. Na tempestade.
Tremendo de susto. Segurando-se no destino. Nas marés tranquilas. Na justiça
dos deuses. Na força celestial. E teme pelo seu punhal. Que dilacera. E sangra
a dor das mazelas causadas por ti.
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