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Por vezes
quis gritar suas vontades, depois mudou de ideia e se recusou a falar. Por
isso, nos bancos do Baixo Meretrício, desejou desvanecer, desaparecer, lá, ali,
naquele instante, naquele lugar no qual sempre foi completamente real. Entre
indecisões, relutâncias, negações, veio a guerreira da espada púrpura, segurou
a lança partida dentro daquele coração e começou a puxá-la levemente, até
rasgá-lo e espedaçá-lo.
Agora os
pedaços da lança estão presos ali, juntamente com a sua espada e, entre
escárnios, risos e palavras mal compreendidas, seu sorriso some e aparece. Suas
vontades reluzem e já não sabe em qual instante mudará de ideia. E a questão
nem é mais domar seus sentimentos e sim guardá-los. Para que não venha mais verme
algum difamar sua honra, sua jornada, seus passos.
Ainda não
escolheu. Ainda não apagou e, como já disse, não há como se livrar dos
rascunhos rabiscados, grudados em sua pele, em sua alma. Resta apenas esperar.
Porém, quando os olhos se encontram o coração dispara. Numa canção harmônica
seus passos são guiados em direção do perigo. Sim, daquele grande abismo quase doentio
de nunca mais lembrar o que é está só.
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