Entre um dia e outro. Quando o mundo parece novo. Muros podem desabar. Singelos, pulsantes, derrubados pelo caos de um sentimento maior. Um suave toque do amanhecer que clama
por calmaria, mas somente recebe confusas sinfonias de dor e
mares de uma discórdia sem fim.
E os muros desabam para abrir espaço para outras paisagens, mas as sensações são prolongadas e essas sim duram para toda a eternidade.
E os muros desabam para abrir espaço para outras paisagens, mas as sensações são prolongadas e essas sim duram para toda a eternidade.
São momentos. São
sentimentos e a escrita corre para falar de tudo engasgado que foi
gritado numa ébria noite. Para alguns existe uma tensão em seu olhar
e desespero por não encontrar soluções concretas, por não ter novos amores
e não querê-los. O passado se rasga e permanece colado em sua alma. Reluta, o amanhecer se
aproxima e não disse nenhuma palavra que gostaria.
Na verdade há certa
raiva por existir tanto cuidado daqueles que a cercam, não deseja isso, não
deles. E queria mesmo era que este sentimento viesse de outra direção. E
existirá somente silêncio enquanto não sentir que há, pelo menos, um sussurro
no ouvido. Que há um real propósito, que existe algo palpável, que não atrapalha o caminho do outro. Ainda
que seja um silencioso sim. Ainda que o vento sopre forte. Ainda que a tempestade
não cesse.
E que o sim se
cubra de flores, de rosas rosas, de perfume da madrugada, de velas que jamais
apagam, de fumaça. De gostos já conhecidos, de tudo e de nada. Somente assim,
por gosto e vontade e não mais em sonhos e devaneios recorrentes.
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