quinta-feira, 28 de março de 2024

Kommt…

 



Ah, meu amor, você terá que me buscar, porque, depois do despertar dos sinos, tudo foi em vão. As mágoas cicatrizadas clamam pelo verão interno dos corações pulsantes, que se conheceram em tarde de primavera.

E depois? Você pode até me perguntar. Para onde iríamos quando os oceanos nos separassem novamente? Meu porto seguro é o bater do seu peito, que rima com a completude da minha alma. Seu sorriso contido é anúncio de festa em minha aura.

Então, meu amor, meine Liebe der andere Zeit, anderes Lebens, du musst mir nochmals versuchen. Eu te espero, como espero os pássaros, que me contam sobre seus retornos, quando pousam em minha janela, em uma tarde quente soteropolitana ou em uma noite fria paulistana.

Vem, para mim, sem subterfúgios, sem voltas e revoltas, vem como sempre veio, com uma doçura fugaz, mesclada com uma solidez fria. É o seu jeito e eu respeito. Seus olhos fazem falta, sua companhia faz falta, até o seu silêncio faz falta.

Você e eu podemos ser. Sem mais derrotas, sem jogos, sem promessas, sem segredos. Eu confio em cada gota dos seus versos, que escorrem seletos, por entre os rios do oceano que habita sua mente.

Em sonhos, a gente já acerta o regresso de nossa história, a continuação dos desejos, a concretização das vontades. Não vamos mais atrasar o que queremos. É possível, enfim, desatar estes nós que condenam os nossos passos, que atrapalham nossas verdades.

Você sabe o que eu sinto. Você sabe pelo o que o meu corpo arde e minhas emoções clamam. Então, você, meine kleine Sonnenblumen, precisa vir até a mim, fora dos sonhos, e me contar o que habita esse seu pensamento tão guardado e trancafiado.

Kommt, schneller…

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