
Não eram essas as palavras
corretas para estarem empilhadas. Não era essa música que gostaria tocar. Ou
seria mais um infinito perdão dentro da culpa? Ou seriam seus olhos fechados
para o caos que amargurou seu peito e apagou as luzes da varada? Ela ainda
existe, a varada. No entanto, não há mais como retornar para aquele lugar um
dia tão caro para o coração, hoje quase petrificado.

É simples
porque é o que pode oferecer. É escassa porque o sagrado segredo de sua existência
fica guardado na torre, junto com as chaves. Talvez tenha se tornado o que
temia, ou talvez seja tão somente um pouco de drama para celebrar a noite
solitária.
Nunca foi tão rápido, correto?
O labor das palavras impressas, os batimentos acelerados, o céu em festa. Nunca
soube corretamente como expressar o significado de emoções tão banalizadas pelo
cotidiano cinzento. Parecia-lhe mais ágil e prático silenciar as vontades e
pensamentos, seguir adiante e pular o momento de chegar ao horizonte, apenas se
jogar em um abismo sem fim, no qual apenas os sinos tocam e os pássaros caem
desfalecidos.
Contudo, não habita mais em sua
lista o desejo de cair. Agora deseja apenas uma estação. Agora todo o caos
cessa. Agora, quando escuta sua voz, ela possui todas as verdades que moram no
Universo. Agora quando põe os pés na terra, todos os sentidos se afloram. Agora
é paz, serenidade e sossego. Agora é rima em vão, porém em sinfonia melódica.
Agora é o toque celestial da ventania que lhe pertence. Agora é um sorriso meio
sem jeito que reluz juntamente com o sol que lhe foi presenteado.
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