
Relvas cinzentas nasciam daquela jazida. Flores morriam desvanecidas. Calor transparente, preso em vão na alma candente. Rubra face desprotegida calava o temor rejuvenescido. Tênue semblante da sorte entregue aos pulsos imersos em cortes. Fervor, tremor, súplica inesperada. Amarga cada palavra jogada aos mares da solidão não perdoada.
Plácida. Pálida. Cinzenta. Equilíbrio suprimido em tardes soturnas e desesperadas. Calma. Sorridente. Deixa a angústia latente se despedir enquanto recorda o júbilo de ser quem no outrora era. Deixa que a saudade escorra da memória, dispersa sensações, queima verdades escondidas num subconsciente translúcido.
Dedica sentenças, recorre aos julgamentos, livra-se da culpa, envolve-se na fina emoção de abandonar qualquer purificação, na tentativa de não se apegar. Rompe laços interrompidos, renega mentiras, não mais as escuta.
Caminha leve. Mais uma vez procura a ventania. Responde através das escolhas recorrentes. Um pouco mais dessa cálida pulsação e arderá até o fim. Sempre o encanto vem do fogo, das melodias nascidas em brasa. E deixa tudo queimar.
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