Despertar do transe. Após um dia coroado por aquilo que mais gosta de fazer. Lembranças. Surgem. Todos os dias. Tanto trabalho. Tantas aventuras. Admirações. Uma vida construída. Etapas. O mar. A brisa. Tocar na terra. Ouvir o galo cantar. Conversas reais. Concretas.
Tão natural. Sem deslumbramento. Foi puxada desse mundo. Jogada num abismo do esquecimento. Levada a convivência de situações antes nunca vistas. As brigas. As discussões. O desprezo. Enfrentar o desconhecido. Após isso, adequa-se. Cala-se. Perde-se. Completamente. Qual seria a razão de lutar para ter o que já lhe pertencia? Não adianta. Nunca será o mesmo. Agora, é sua guerra. Vê estrelas. O coração dispara. A questão não é ser quem já sabe que é. É provar o que pode ser.
Potencial desperdiçado. Tudo tão insatisfatório. Na verdade, este é o motivo. Não existe possibilidade de nada alcançar as emoções passadas. As palavras. Os livros. As noites. As músicas. Um nível insuperável de sensações. Aprender muito. Não saber a próxima parada. O próximo reencontro.
O amanhã se aproxima. Um teste infinito. A maior aprovação. O lugar está ali. Mas, os rostos retornam. Aqueles tão conhecidos. Uma fila infinita. Desnecessária. O melhor seria que estivesse presente. Fizesse suas redondilhas. Risse da cada bobagem. De esquisitices.
Acontece que está sozinha. O caminho é seu. Não há como ter companhia. A estrada está logo ali. Sim. Está. Ao olhar para trás ainda pode escutar as gargalhadas. As madrugas. O céu clareando. E a espera. Para a dominante certeza de que tudo estava certo. Que seria perfeitamente como deveria. E saudade de uma presença. Que traria a salvação para os dias tolos. E sem sentido.
Querida, parabéns pelo blog!! Olha, é muito difícil encontrar pessoas significantes. Não se iluda, poucas pessoas serão como essa que você citou no texto.
ResponderExcluirContinue nesse caminho lindo, com tantas palavras belas.