Fatigada dos dramas recorrentes busco, na neblina mais incessante de todas, uma paz interior. Ao meu redor tudo rui. O desespero é inútil. O mar semeado de dúvidas deixa claro as verdades. Secretos segredos iluminam os dias mais sagrados. Não há separação que abandone tais sentimentos.A tempestade de momentos entorpecem as dores. Amenizam as mágoas. Os dias passam. Sem sentido. Vazios. E não há nada que os salvem. Ele impregna cada parte de mim. Grita. Sussurra no meu ouvido. O tédio se instala. Recorro as sensações mais novas possíveis. Porém, é inútil.
Tudo é momentâneo. Tudo passa. Em mim, sobram as melancólicas madrugadas. A solidão eterna. Contudo, sei que são nelas que me sinto mais completa. A música, de longe, tenta me salvar. Mas, a danação me puxa. A amarga aurora soluça em pratos o retorno da esperança.
A juventude, que procurei tanto, não existe. Aprendi, finalmente, um pouco do que sou. O passado repete-se. Condena cada segundo. Proclama o abandono das tentativas. Segrega qualquer motivação. Verte lamentos. Supera a razão. Acorrenta-me em laços cruéis.
Esperando o veredito insano, sou castigada. Castigada por regras que eu mesma criei. E quebrei. E esqueci. Porém, já me perdi em devaneios. Com o mundo girando a minha volta, cresço. Amadureço. Aprendo. E, no final, me escondo nas sombras silenciosas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário