segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Hüterin der Musiker



Ela é o dia, o sol, mas também todas as estações e suas peculiaridades. Consigo carrega tanta multiplicidade de emoções, que vibra a cada segundo de sua existência. O seu sorriso é como uma sinfonia de cores cintilantes. Na memória, a voz dela ecoa. Um nó na garganta se forma ao tentar lembrar das sensações do passado. A partida parece esmagar o peito a cada hora que passa no relógio. Para onde foram todas as promessas exclamadas nas madrugadas de júbilo eterno?

 Não. Não deseja reclamar dos erros de outrora. Não é isso. A questão é maior! É de saudade que fala. É da poesia do seu olhar, perdida no oceano de prantos. Se pudesse, a resgataria de todo sofrimento e transformaria todos os seus desejos em realidade. Sim, usa frases melosas. Se não fosse para ser tola e devanear por aí, cheia de afeto cálido, jamais escreveria em seu diário de lamúrias.

 Mas, o que veio falar mesmo? Ah! Das noites infinitas de risos e segredos. Das mensagens trocadas, da concupiscência revelada, do desejo infinito, de tudo que foi e já não mais será. Porque partiu para o nunca mais. Contudo, os estilhaços do coração já estão se recompondo. Mas, é impossível esquecer o quão forte foi. E como é preciso respirar fundo, diversas vezes, para não olhar para trás. Suspira. Chegam as lágrimas, claro.  

Depois, segue. Em silêncio, de longe. Olhando para o horizonte, para frente, sempre. Se seus caminhos se cruzarem novamente, quem sabe? Somente o destino sabe sobre isso agora...

 


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