Ela é o dia, o sol, mas também todas as estações e suas peculiaridades.
Consigo carrega tanta multiplicidade de emoções, que vibra a cada segundo de sua existência. O seu sorriso é como uma
sinfonia de cores cintilantes. Na memória, a voz dela ecoa. Um nó na garganta se
forma ao tentar lembrar das sensações do passado. A partida parece esmagar
o peito a cada hora que passa no relógio. Para onde foram todas as promessas
exclamadas nas madrugadas de júbilo eterno?
Não. Não deseja reclamar dos erros de outrora. Não é isso. A questão é
maior! É de saudade que fala. É da poesia do seu olhar, perdida no oceano de
prantos. Se pudesse, a resgataria de todo sofrimento e transformaria todos os
seus desejos em realidade. Sim, usa frases melosas. Se não fosse para ser tola
e devanear por aí, cheia de afeto cálido, jamais escreveria em seu diário de
lamúrias.
Mas, o que veio falar mesmo? Ah! Das noites infinitas de risos e
segredos. Das mensagens trocadas, da concupiscência revelada, do desejo
infinito, de tudo que foi e já não mais será. Porque partiu para o nunca mais. Contudo, os estilhaços do coração já estão se recompondo. Mas, é impossível
esquecer o quão forte foi. E como é preciso respirar fundo, diversas vezes,
para não olhar para trás. Suspira. Chegam as lágrimas, claro.
Depois, segue. Em silêncio, de longe. Olhando para o horizonte, para
frente, sempre. Se seus caminhos se cruzarem novamente, quem sabe? Somente o
destino sabe sobre isso agora...
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