O céu desceu para que pudesse subir
e comungar dos cálices cintilantes, que reluziram diretamente em seu coração.
Depois, viu o mundo explodir e o horizonte se perder em chamas. Quando foi que
seu sorriso apagou e sua voz deixou de ser terna? Quando a importância da sua
presença se findou?
Segurou-se no topo da torre, é bem
verdade. Ao lado de cavaleiros cinzentos e damas possuídas de melancolia,
entregou-se com fé para os passantes, buscando evitar o inevitável. Ainda
assim, poderia recorrer aos lábios suaves que cantavam em busca do amanhecer
certeiro. E esperava que o regresso fosse o resultado, semelhante as águas
que banham seus passos, enquanto a lágrima verte pesada.
A dúvida, no entanto, seria escárnio no
outrora. Agora, não. Agora é lonjura, descaso, rispidez. As almas se separam e
tudo é pranto seco engasgado e sufocado. Então, fecha os olhos e implora que o
vento traga a princesa conquistada novamente. Suplica aos céus que a doçura de
sua boca encontre a sua. Pede com toda vontade existente no mundo: Volta!
E se isto ocorrer, a madrugada será
festa e os dias serão mais ensolarados. Porque gargalha enquanto suspende a
respiração. Porque seu coração estilhaçado sofre por sua ausência. Porque é
tola o suficientemente para confessar o inconfessável: o ritmo de seus sonhos
está alinhado com o de seus sentimentos. Sim, é de amor completo que está
tentando tratar. Mas, deseja correr para encontrar uma solução para algo suave,
porque são sinceras suas sentenças, assim como o abandono da outra.
Agora, é vagar pelo infinito, pelas
correntes de dor, até que a tenha em seus braços mais uma vez.