segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Reluzente

  Rajadas de vento pulsam em seu coração cálido. Sensações fluem. O corpo estremece com a lembrança. Ao provar um pouco do cálice inebriante viu e conheceu o inesperado. Partiu em direção do rejuvenescido júbilo. Purificou-se de canções outrora incógnitas. Sorrisos. Mais uma tempestade de contentamento. Antes não visto.
 Simples. Ainda assim misterioso. Um passo além do outro. Mais regozijo e a noite estremece. Respira. Insana diante da satisfação. Perdida na névoa de sentimentos. Arqueja. Luta. Desiste. O mar reluzente dos fascinantes olhos apaga qualquer certeza. De ser. De conhecer. Luz. Sempre. Mergulha na luminosidade da aura candente.
  Perde o som. Voz desvanecida. Página por página. Do caminhar de uma nova emoção. Palavras. Gosto. Satisfação. Respira. Descompassadamente. Perdida em pensamentos. Entre fumaças e goles infinitos de um veneno conhecido. Ainda recorda. Permanecerá sempre na memória. Cada minuto.
  Atordoada, tonta. Adormece. Coberta pela sensação dos fios dourados que ainda parecem ilusórios, imaginados. Acordará sim. Seguirá. Com dias leves. Com o florescer do fulgor que restou e sempre guardará.

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