Fecho os olhos por alguns minutos. Quase não sei mais quem sou. A cabeça dói. O corpo não relaxa. Tenso. Sempre. Esperando o próximo comando. O sono encarrega-se de criar o pior humor existente. Os dias voam. As horas se arrastam. São listas sem fim. São metas infinitas.
Os espaços ainda não preenchidos. A semana que escorre entre atividades. Há uma necessidade de parar o mundo. Fugir. Levando o amor comigo. Para bem longe. Depois, lembro dos propósitos. Porque ocupo aquele lugar e não outro.
Neste turbilhão permaneço. Caio numa multidão. Arrasto-me. Esperando um minuto de silêncio. Calmo. Contagiada apenas pela fumaça. Pelo som dos pássaros. Por uma madrugada que domina a consciência. Por suspiros e lembranças. No tempo em que ser não era pretexto. No tempo que memórias ocupavam a mente. Canções se alastravam livremente. O abismo de dor inconsequente, ditava a alegria assombrada pelos desejos inacabados.
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