Lei do retorno, retrogradações, astrologia, tarô, são tantos auxílios. Mas, nenhum planeta, nenhuma carta, nenhum nada poderá salvar aqueles que não olham para si. Contudo, em uma tentativa de melhorar os rumos da sua vida, colocou a mão em pólvora e explodiu todas as palavras de vez.
A cura virá retumbante, mas não repentinamente. Mas é na coragem que tenta firmar os seus pés. É a única forma que sabe fazer as coisas. Dizer tudo é uma maneira de lançar para outro a responsabilidade? Talvez. Mas, entre erros e acertos, conseguiu concluir o ciclo das quatro cavaleiras do apocalipse. Risos.
É, é bem verdade que deixou algumas outras para depois. O que dizer para a sereia, o florescer e a olhos cor de esmeralda, não é mesmo? Começou pelas mais difíceis e agora tomará um tempo para respirar.
De um lado, ouviu tudo que precisava, do outro, disse duplamente tudo que esteve sempre engasgado. Ah, a não ser pelo choque cultural, as arestas foram apontadas. Espera que as ações alheias melhorem no futuro. Por elas mesmas.
Quem já se viu querer alguma coisa que você nunca ofereceu, não é mesmo? No entanto, pouco importa em seus passos o que cantigas antigas quebradas irão fazer com seus discos arranhados e seus príncipes enlameados de controle ou descaso.
Há uma estrada cintilante, que brilha para ela, pedindo que seja Imperatriz, até se tornar Sacerdotisa. Quem sabe não chegou o momento de finalmente consultar somente a si e esquecer a obsessão por selecionar comandantes para sua jornada. Elas já ensinaram e fizeram a sua parte. Não será injusta.
E também sabe que, dentro de todo uma engodo e uma rebarba de defeitos e esquisitices, essas canções nunca prometeram o que ela queria. São as musas do sol, que têm esse quê de leonino no mapa, mas sempre com pitada de indecisão, manipulação ou drama. Ar e água banhando uma terra seca e desfalecida, que resseca e torna-se cada dia mais escassa. Sobretudo quando há a audácia de querer controlar o que o outro diz em lugares que não lhe cabem.
A arrogância é tola, quando os muros desabam e somente existe um rei nu para ser olhado por uma multidão debochada. Por que esta autoridade desperdiça seu tempo olhando para as cartas de um súdito, que se nutre de metáforas, quando poderia notar no espelho que está despido?
Sem o comportamento apropriado, o rei despido está fadado a repetir esses ciclos, que sempre vive. A Imperatriz não julga, porém nunca vira antes atitudes assim de um monarca. Não é possível que seja comum essa troca de intimidades entre integrantes de mundos tão distintos, sem que exista uma fronteira ultrapassada.
Uma vez, uma dessas cantigas disse que todos têm os seus telhados de vidro. É preciso abrir bem os olhos e ter a certeza de quem está com os trajes corretos ou não. Ao mesmo tempo, ela sabe que existem números nessa equação que lutam por suas melhoras mentais e espirituais.
Pelo menos, aquelas que estão fora de jardins hiper protegidos se melhoram como podem. Mas somente a Imperatriz nasceu em solo sagrado, na terra confusa, mas que reserva consigo os maiores guardiões do mundo inteiro. É neles que pensa enquanto finaliza a sua missiva sobre a atividade terapêutica 02.
É sorrindo também, enquanto pensa como é absurdo como todas elas chegam nesses escritos em algum momento e não param de ler até que não sejam mais assunto. O Devaneios Conscientes é da Imperatriz e de mais ninguém. São seus os devaneios. Bem, e a consciência também. Ainda que em devaneios…
Se usará termos de sua escolha para falar de futuras amadas, não interessa a ninguém, seja ela borboleta, deusa, sereia ou girassol. Mas, agora, segue para o que importa para esse blog. Como chamar a cantiga número…número…15?
Em breve, iniciará a jornada de dissertar sobre ela, porque este diário é real, mas é um tanto fanfic também. A canção nova está tão na realidade, que não precisou de ficção. Todavia, em algum momento irá escrever sobre ela… sobre a musa dos seus sonhos…