Há um ano eu conheci uma diretora. Ela iria montar sua peça de pré-formatura, na Escola de Teatro da UFBA. O texto? Valsa Nº 6, escrito por Nelson Rodrigues. Eu, atriz iniciante, estava apreensiva, tensa e muito nervosa. Era um texto que eu amava e uma personagem que sempre quis fazer, mas não sabia se ela gostaria de mim. E se eu era capaz de fazer aquela menina tão desnorteada.
O nome da diretora? Ísis Barreto! Durante cinco meses trabalhamos juntas e no final das contas, apesar de todos os dramas e empecilhos, tudo deu certo. E, além de termos alcançado nosso objetivo, ganhamos uma amizade.

Em abril, os trabalhos começaram. De levinho, mas começaram. Atores escolhidos e adaptação do texto pronta, Vestir os Nus teve seu primeiro ensaio no dia 16 de maio de 2011. E daí em diante, descobri cada vez mais o que é ser um assistente. E aprendi muito sobre o que o ator deve e não deve fazer. Mas, acima de tudo, apesar de todo o cansaço e dificuldades, me senti realizada ao ver em cena aquelas personagens vivas em minha frente. Pude ver, também, atores comprometidos, equipe empenhada, além dos momentos divertidíssimos, é claro.
Acredito que nos dois trabalhos que fiz com Ísis poderia destacar a palavra aprendizado. Talvez, ela seja aquela amiga e colega de trabalho que ainda mostrará muito sobre o mundo do teatro para mim. E, como eu já disse a ela várias vezes, espero que ainda trabalhemos muito juntas. Apesar dos pesares. De ela ser cabeça dura e teimosa. Defeitos todos nós temos. O importante é esta parceria criada.
O que eu posso dizer, sem sombra de dúvida, é que quando as cortinas se fecham e o público vai embora, eu sorrio e me sinto completa.
Puxa, fiquei feliz em ter lido esse texto. Que bom que você reflete esse processo, ser assistente é realmente algo difícil, mas que nos permite aprender muitíssimo. Acho a parceria entre vocês duas muito bonita, e desejo, sinceramente, que prossiga no infinito. De fora eu percebi o quanto você é importante pra ela.
ResponderExcluirBeijinhos.
Que lindo!
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