terça-feira, 26 de julho de 2011
Brilho
A vontade vem. É preciso escrever. Mesmo sem saber o que dizer. A escuridão se aproxima. O vento abençoa. Permite acreditar no próximo passo. São todos poeira. E silêncio. A tempestade é só mais uma parte. Do vendaval que mora em cada um. Da existência comprometida.
Lágrimas. Canto baixo desliza pela alvorada. Cala-se. Som que enlouquece seus passos. Muda. Coração em eterno descompasso. A verdade foi selada. A seriedade abandonada. No entanto, era segredo. Revelado. Passou. Voa para o mais longe entardecer. Mais uma estação. Outra revelação.
Suspiros. Retumbante espaço. Cálida mão percorre a alma. Gentil tempo que revigora a energia perdida. Desvanecida entre realidades. Criadas. Solicitadas num passado. Agora, distante. Rejuvenescida sensação. Vertida em poesia abandonada. Histórias recriadas. Expurgam a amargura estabelecida.
Aproximando-se do caos, experimenta mais um toque. Da verdade resgatada. Da memória elevada. Do ser o que jamais foi. Da recriação dos sentidos. Do alvorecer sucumbido. Das sinceras lembranças repartidas.
Antes que a próxima torre abra as portas. Antes que a liberdade seja roubada. Antes que o amanhecer desapareça. Antes que se perca. Esconde-se. E mostra para o mundo um pouco de si.
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