
Lágrimas. Canto baixo desliza pela alvorada. Cala-se. Som que enlouquece seus passos. Muda. Coração em eterno descompasso. A verdade foi selada. A seriedade abandonada. No entanto, era segredo. Revelado. Passou. Voa para o mais longe entardecer. Mais uma estação. Outra revelação.
Suspiros. Retumbante espaço. Cálida mão percorre a alma. Gentil tempo que revigora a energia perdida. Desvanecida entre realidades. Criadas. Solicitadas num passado. Agora, distante. Rejuvenescida sensação. Vertida em poesia abandonada. Histórias recriadas. Expurgam a amargura estabelecida.
Aproximando-se do caos, experimenta mais um toque. Da verdade resgatada. Da memória elevada. Do ser o que jamais foi. Da recriação dos sentidos. Do alvorecer sucumbido. Das sinceras lembranças repartidas.
Antes que a próxima torre abra as portas. Antes que a liberdade seja roubada. Antes que o amanhecer desapareça. Antes que se perca. Esconde-se. E mostra para o mundo um pouco de si.