domingo, 2 de junho de 2013

Simples

Ela estava ali...não sabia mais o que dizer. Seu coração disparava e as palavras emudeciam. A princesa silenciosa na sua frente, com os olhos abertos para o mundo que a cercava. As aventuras sem fim, marcadas com brasa em sua pele, resistem e continuam. 

Ao olhar para o passado tudo parece distante. As metáforas se esvaem, enquanto a mente gira em rodopios lancinantes.

Ébria, com todas as ideias trocadas de lugar, com a respiração ofegante, as lágrimas secas e a ventania era sua única companhia. Sim, o silêncio reinava e já sabia exatamente o que queria e desejava. Ao fechar os olhos a sua lembrança é turva, porém fiel. As escolhas precisam ser precisas, honestas, limpas e cristalinamente claras. 

Quando avista a deusa flamejante, e os olhares se encontram numa valsa flutuante, tudo é certeza e nunca duvida. Depois relembra de um outrora amargo e as verdades parecem brutais. Como se uma lança perfurasse sua alma tenta se equilibrar e seguir adiante. Os caminhos entrelaçados insistem em se cruzar e não há melhor decisão do que se entregar.

Sim. Tudo que necessita ouvir é um sim. E todas as madrugadas fúteis irão se desfazer quando pronunciar esta valiosa palavra. Contudo sabe que a princesa continua ali, nos braços de outrem, com múltiplos sorrisos e uma vida inteira coberta de festas. 

E assim permanece, com os olhos bem abertos para não cair em contradições, com todas as verdades postas na mesa, com o coração coberto de amores e caos. E nem tudo é fantasia. 

Então, que toquem todos os sinos e todas as melodias, no último volume. E dirá sempre sim, até que escute a resposta que tanto deseja.

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