domingo, 27 de maio de 2012

Foi...

   Basta. Basta. Basta. Grito para mim e a gargalhada vem leve e solta. Após tanto tormento percebo minha tolice. Ainda não chegou. Ainda que meu coração bata tão forte. É uma nova paixão ou talvez somente uma amizade. E já aprendi com o passado. Tolos são aqueles que pensam que expor sentimentos é uma grandeza. E fale. Falem. Não mais me incomodo. De verdade. Porque pouco importa. E a rajada de vento mais forte de todas proclama enfurecida que há verdade em seus lábios e que sim, tudo não foi dito. Tudo permanece em segredo.
  A felicidade é mera ilusão se não se sabe para onde ir. E eu já sei um pouco. Um pouco do começo que será. Novas madrugadas. E essas sim são prolongadas. E essas sim são renovadas. E reconquistadas. A reciprocidade é a maior questão sim. E passa adiante. E rio sim. Porque sei que a lei é real. E essa sim lançará o maior feitiço de todos. Receberá de vez todas as respostas e cravarão com cálices translúcidos cada dor que passou e sei que a candente espada cravará cada gota de rancor. 
  A lembrança é fiel. Porém, o novo, o jovial, o alegre é mais forte. E não acredito mais na capacidade de adoração do mais conveniente. Não existe mais. Preguiça de encontrar? Não. Para quê? O mundo lá fora jorra prazer e sim, claro, a concupiscência eterna derrama sua nova face. É. Pois bem Eu decido agora. Vire sua nefasta face. Rubores. Tremores. Silêncio. Tensão. Tesão. Ardor. E talvez um novo amor. Agora sim é real. Porque não se cala. Porque não dita promessas falsas.
  Eu sei. Faz sentido sim. Nesta nova jornada. Nesta nova rima. Nesta nova canção. E eu vou rindo tolamente. Porque saber é fácil. Preciso seguir. E encontrar novas soluções. E ainda que não entenda o que é ver e sentir. Ainda que esconda que ainda resta sentimento em mim. Continuo. Caminho. Então, caminhemos. Até o novo pôr do sol. Até que as personagens se desvaneçam dentro da minha imaginária mente. Ou até que elas apareçam. É... é o fim de uma prisão. Porque enquanto quebrava uma, enlaçava-me em outra. Por isso, quebram-se regras. Por isso digo e repito: foi-se. Vai-te! Parte. E crie para sua nova imagem uma outra vontade. 
  Enquanto eu sou somente desejo. Sou aquela que dilacera pecados para um novo beijo. Que destrói muralhas para conseguir o que quero. E vou. Determinada. Sempre. Pois sou. Muito. E tão pouco. Quase uma composição de delitos. Quase fadada aos laços de uma tempestuosa incerteza. E é nela que eu me deito. De fato, somente nesta me deito.

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