O sol nasce outra vez. Logo depois, ele se põe. Quantas horas faltam para que os seus pés toquem novamente o infinito? O ar some e os dias se alastram. Nada é o mesmo longe dela.
Em todos os instantes, seus pensamentos se voltam para ela e a tormenta da distância impregna cada respiração. Pode estar feliz ou triste, em suas terras ou em estrangeiras, nada é igual a cidade do castelo.
De certa forma, sente que sua alma pertence ali. Os pássaros cantam mais felizes, o café é mais quente, os passos mais leves, os sons mais belos, o horizonte resplandece e sabe, está inteira.
Há algo de singular naquele solo. Há algo de especial naquela igreja. Há algo único naquela torre. Cada detalhe que compõe a sua simplicidade e magnitude encantam sua existência.
Como regressar? A pergunta é constante e o aperto no coração também. Não existe madrugada mais infiel do que as distante de sua companhia. Não existe acordar mais cruel, do que aquele sem o seu silêncio.
Precisa de soluções para retornar ao sagrado lugar, circulado de rios. Que a mãe das águas profira, assim, a sentença positiva que tanto espeta. Que os santos, orixás, deusas e deuses escutem seu clamor e que saiba escolher da melhor maneira.
Um dia, o sol será seu outra vez e terá a sua metade da alma completa. Até lá, luta, sorrisos e um tanto de sofreguidão.