Alguns vazios jamais se calam.
Porque o tempo não volta e os mares já não são mais os mesmos. O outrora é tão
distante que o sol já se põe distintamente.
Os sorrisos secaram junto com o ar
de novidade. Agora, o caos é fel em sinfonia incendiada e a memória é embalo da
morte da renuncia da jazida da serenidade. Os símbolos intercortados anunciam a
derrota das suas certezas, bem como as chagas de sua devoção.
Foi sentada ali, naquele balanço, que conquistou o mundo em uma respiração. Foi olhando por dentro das manhãs que
obteve certeza que pertencia à noite.
Aquela da varada, das cinzas, da fumaça,
do regozijar de espasmos de júbilos. Depois, a melancolia agarrou seus braços e
não mais soltou. Qual seria o objetivo de abrir os olhos sem a necessária
verdade no presente tão remediado? Qual fragmento de suspiro ainda cabe para
formar o verso impuro e solidificado? Quantas vezes irá precisar pular para que
em prantos prometa seguir rumos novos?
Suas repetições são infindáveis,
assim como o corte seco na garganta e o nó que se desfaz a cada olhar gélido.
As substituições das palavras não reparam as melodias que traziam ritmo e
compasso ao coração. Chega o momento de cessar, pois a melosidade é um tanto
intransigente e as luzes irão se apagar para que possa fazer festa em seus
passos sombrios, em sua solidão demasiada. Comemora! Jamais irá retornar. Nunca
conseguirá alcançar. Este Tempo não é para ela. É para outra. São para os outros.
Em uma sintonia diversa, em uma alegria perversa, nos céus purificados de
dor.