Apagou todas as sentenças para que pudesse ser nova. Ser outra.
Fez isto para tentar alcançar os clamores do abismo - aparentemente - sensatos dos olhares de
sereia. Sim, retornou para a escolha de renascer. Apagou a fumaça, respirou
fundo e seguiu para distintos horizontes. Deixou que as máscaras grudassem em sua
face mais uma vez. Lembra? Não sabe ao certo a última vez que tinha andando por esta trilha.
Já era tão dona de si que a recordação de rostos criados não lhe era fácil de
performar.
Porque parece que existe uma
lógica de perfeição nas ações cotidianas. E parece também que esta, a menina da
varada, não sabe as regras principais para ser boa neste comportamento ideal. Mais um suspiro e mais trezentas
rajadas de erros. Mais uma tentativa e será falha infinitamente.
Contudo, ela
sabe o que sempre será seu. Qual o seu verdadeiro destino.
Mesmo sabendo, decide
fugir mais um pouco e ficar dentro deste abismo. Até que alguma primavera a
salve.