sábado, 2 de fevereiro de 2013

A luz, a cor e a sombra

  Quando o amor pode ser maior que tudo. Quando uma canção eleva a alegria ao máximo. Quando o mundo é maior do que o próprio cotidiano. Ele, no qual as inseguranças escodem qualquer sentimento. 

E sabe que o mais puro sorriso é necessário. Depois vem o vendaval de emoções para que a sensação se perca. Agora é fria e, com um pouco de calor escorrendo de seus pulmões, permanece cambaleante em direção de novas metas.

 Sim. Metas concretas. Sem ao menos lembrar daquela intensidade que mora em seu coração. Todas as melodias pararam de tocar, em uníssono. A canção, que agora toca repetidamente a faz lembrar dos sorrisos mais belos. Ainda mais daqueles que a fez gargalhar novamente. Perdida. Sem rumo. Tropeça na tentativa de alcançar o imperfeito método perfeição. Entre os mares tempestuosos, cobertos de mentiras e impunidades, viu os cálices transbordantes de promessas impossíveis.

 Finalmente as lágrimas vieram. Banhadas agora de melancolia. Não mais de amores incertos. E sim de pequenas dores que destroem o cotidiano, as amizades, as paixões, os trabalhos. Palavras. Eternas. Pois ainda que erros eternos profanassem a jornada, o resultado provou o contrário. Já não mais sabe o próximo perigoso passo. Quais erros se sobressaem e quais verdades prevalecem. Uma face. Um estrondo silencioso de dor. Um trabalho, um desafio, uma melodia e tudo cessa.

 O pranto jorra outra vez. E para aquela que viu sua emoção secar, sentir outra vez é espanto. Porém, sente. Um novo recomeço. Uma batalha sem fim. E as provas precisas de um novo renascer. Sem máculas. Sem míseros olhares falsos. Somente verdades. Implora para o Universo, enquanto desaba nas águas de um choro infinito, que não cessa, que invade sua alma, que deixa impuro os sentidos. E nunca mais esboçará um verdadeiro sorriso, antes de saber se o destino a direciona para as margens sinceras de uma face coberta de bondade.

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