sábado, 4 de agosto de 2012

Quase Esmeralda


Eu. Confusa. E os olhos quase esmeralda brilhavam. Intensamente. E as lágrimas vieram. A partida. E a sordidez de estar ébria. E a fuga. Para outro caminho. Para fugir de um beijo. Para fugir de encarar aqueles olhos. Aquele sorriso. Porque delira. Porque sonha com um novo encontro. Com uma nova oportunidade que possa segurar.
 E lamenta por perder a coragem. Por não sentir. Sabe que ela não sente o mesmo. E só um sentimento que pulsa.  E acaba ali, enquanto fita o olhar profundo de doçura.  E reconhece uma nova sensação latente. E delira. E perde a noção do ser e já não saber para aonde ir. E segura uma vontade imensa. De segurar e encontrar.
 Doce e já disse. Porque a doçura é imensa. É puramente doce. É delirantemente doce. 
 E a alma deixa expurgar o sentimento e disse o adeus mais doloroso e eterno. Enquanto partia. Enquanto dizia. Enquanto lamentava e não conseguia. Dizer. Uma única palavra. Uma. Única. Palavra. Esmeralda sim. Porque dela renasce qualquer cinza. Reluz qualquer semblante de alegria. Pulsante. Nunca. Jamais amarga. Sempre doce. E repete porque é. Porque sabe. E sente. E dói. Porque sua doçura fica no distante. Em outro horizonte. Não permitido. Porque a outra não quer.
  Não pode. Acabar. Não. Porque selou o pacto de amizade. E agora esconde. E o silêncio. De uma noite sem fim. E a lembrança do olhar quase esmeralda. Porque em seu olhar viu. Enxergou as mais belas sensações. As mais profundas emoções. E seus fios quase dourados. Ou talvez castanhos. Brilharam. E se foi. Até. Até o próximo encontro em que se calará. E nunca mais falará. Sobre a vontade de em seus lábios tocar. Sobre o fim do amanhecer mais florido. Mais encantador. E a marca que deixou. Resta. Fica sim. Para todo sempre.

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