domingo, 29 de julho de 2012

Doces Retoques



 E os olhos quase esmeraldas flutuavam em seus sonhos. E a doçura celestial de seu sorriso ainda fazia o coração disparar. O palpitar era quase dor, porém banhado de espasmos de alegria e festa. Seus gestos suaves proclamavam a certeza de uma vontade impossível. No fim resta somente o silêncio da alma quando os pássaros cantam e os olhares não se encontram.
 Foi o destino impaciente que trouxe novamente os desejos secretos elevados pela pureza do seu ser imerso em doce voz. Nada mais além de jubilo ao rever e ter um pouco mais da presença repleta de encanto e risos.
 Mas é um pouco irreal. Impalpável. Surreal. Pois a riqueza de seus lábios voa enquanto se perde nos sentimentos. O amanhã revelará uma solidão profunda e já não há mais como escapar. Vai passar. Pois não houve paixão que não passasse. Mas há um pouco de medo sim, pois todas ficam. E a estrada se reparte em histórias vividas e talvez seja para ser assim. Talvez não. Talvez a única caminhada necessária apareça enfim e liberte-a de qualquer dúvida ou amores tardios.
 O saber é ainda pior. Reconhecer e não mais puder dizer coisa alguma. Recorda o som daquela gargalhada e a emoção flui nos seus passos. Os momentos. Os pequenos momentos que parecem ainda sonho. E sim, é preciso repetir que esta doçura nunca foi encontrada antes de tal forma em sua vida. Doce sim. E não existe como não repetir esta palavra, pois é tudo que pensa neste instante.
  Vibra. Escuta. Reencontra. Espera. Sempre. Pois todos os laços um dia se tocam. E finalizam ou recomeçam. Sorriem ou apenas dispersam. Mas a madrugada existiu. E esta restará eternamente em suas lembranças. Pois viu que já era dia. E o sol veio, ele há de vir sempre.

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