quarta-feira, 5 de outubro de 2011

What if I...

  Amarga. Sensata. Distante. Escuta de longe os clamores sentenciados. Foge. Escapa. Encontra na divina face o equilíbrio desejado. Sonha, procura, esquece. Partiu para a imensidão certa daqueles braços outrora seus. Murmura. Enlouquece. Vaga na concupiscência ardente.
 Amadurece. Traz um pouco de lucidez para si. Ácida. Gélida. Queima no calor da outra morte reconhecida. Delira. Perde-se. Encontra a solução um pouco despercebida. Amanhece. Retorna ao estado escolhido. Sem rubores. Sem promessas. Acalenta-se com o vento e recupera a madrugada em delírios.
  Reconhecido canto adormece angústias. Pedidos. Infinitos. Tensa. Trabalhos sem fim. Suspira. Outro gole de alegria e a jornada continua. Sorri. Relembra. Sente. Apagam-se torturas. Não ouve. Não enxerga. Só há neblina ao seu redor. Pensamentos, recorrentes. Verdades, seladas. Frio candente acelera a alma na bruma do desconhecido.
   Suplicante. Elevada. Na mais infinita madrugada. Surpreende-se com a sincera euforia. São os dias. É o nada. São horas. É o punhal certeiro da sorte. São as correntes quebradas. É a luz que incendeia a aura. São os momentos. É a clareza das ideias. São as canções. É a vida. São os olhos. É a fumaça. São os pássaros. É tudo que floresce na nova temporada. Do júbilo reluzente da mais nova salvação encontrada.

Nenhum comentário:

Postar um comentário