domingo, 4 de setembro de 2011

Para não falar de mim...

 
   Há uma mistura de tédio e alegria em sua alma. Há uma neblina de vontade. Estremecida em verdades. Em sentenças mal conjugadas. Todas as palavras, juntas, num espaço recorrente, já tão incidente, que a névoa afasta. Fugiu da torturante prisão que se encontrava. Correu para a suposta liberdade.
   Mais mentiras. Enganos e perda de sentimentos. Depois, com a realidade revelada, o abismo surgiu para envolvê-la. Agora, tudo parecia reconstruído, mas não. Não estava. Agora, a jornada será outra. Porém, não se importa. Já viveu muitas aventuras. Queria fixar-se. Parar o tempo. Ter lugar e pessoas fixas. No entanto, o destino sempre a joga para o novo.
   A liberdade virá. Mas, como usá-la é a questão essencial. Precisava daqueles cuidados. Daquela proteção. Sim, tem certeza de que ainda não consegue se proteger sozinha. Contudo, reconhece sua coragem e força. Determinação é o seu lema oficial.
     Solidão. Momentos de desilusão. O mundo desabando. O seu pequeno mundo de desgraças. Então, se dá conta de quão pequeno são aqueles impecílios. E há o mundo. Tantos sorrisos e brilhos. Sensações para serem vividas. Ergue a cabeça. Apaga um pouco de irracionalidade. Enxerga claramente qual é o significado de cada coisa em sua existência. Segue. Observado atentamente o rumo de seus passos. Sem querer engolir o próximo segundo. Esperando que todos venham. Ou não. Corre, apenas, para viver. Livre.

Um comentário:

  1. Que sensibilidade poética fantástica. Não costumo elogiar textos com facilidade, mas essas palavras realmente tocaram no fundo da minha alma. ^^

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