sábado, 16 de julho de 2011

Semana



  A noite. A lua. A fumaça que desliza. A memória. O doce gosto da lembrança. O delicado toque. Adormece. Sonhos acalentam a madrugada. Suspiros. Inevitável razão de ser e nunca ter sido. Outrora. Caminhada leve do saber. Trovoadas sinceras da alma. Rubor. Marca selada desvendada. Sorriso constante.
   O tempo. Outra vez. Nem sabe mais o próximo passo. Apaga certezas. Reconstrói sensações. Ilusões. Desvanecer. Intensidade sem controle. O mundo. Existe sim. Aquele e os outros. E a candente emoção. E o coração. Dono da morte inalcançável. Do poder perdido. Da vontade que não se cala.
     Já se foi. Apagam-se muralhas. Recobra a ternura. Eleva a pureza de sentidos. Cálice que transborda paixão. Cega fogueira atormentada. Cálida jazida. Segregada melancolia. Solidão temida. Não mais próxima. As horas corridas. Os olhares perdidos. Movimento por movimento. E já terminou. Sem poder congelar cada segundo. Viver e reviver.
     Mais palavras. Mais um para um eterno sentimento. Transfigurado. Renegado. Mudado. Marcado. Sentenciado. Revigorado. Confuso. Delicioso. Algoz das soluções. Conexões e sublimações. Repetições. Calmas. Sofisticadamente silenciadas. Posto jamais perdido. Procura. Busca incessante. Sábia. Coragem conquistada. Rápida. Tola desesperada. Por outro dia. Por mais um raiar de sol tão belo. Da mágica. De tudo que ocorreu. E ainda há mais. Sempre. 
        Outra página. E a canção. Suplicante. Risada que ecoa. Música perfeita para embalar o sono profundo. E o mais feliz acordar existente. E assim segue. Com a alegria além do limite. Outro suspiro. E a noite continua...

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