sábado, 2 de abril de 2011

Sexta

   A noite se estendia. A madrugada soprava em meus ouvidos que deveria voltar. Não deveria estar ali. Mas, as estrelas brilhavam e pediam a minha presença. Respirava e esquecia tudo. Ao olhar o mar eu me encontrava. Naquele instante, por um breve momento, sabia quem era. Sabia que todas as novas histórias que rodam estão presentes, porém o tempo passa e tudo muda. E já não são mais novidade.
   As conquistas ajudaram muito. Vejo, agora, novos caminhos. Não há razão para cometer exageros. Sou livre. Posso aproveitar, lentamente, cada coisa oferecida. Aprender a sentir e esquecer o amanhã. Sem me destruir. Sem negar a razão. A vontade é a maior verdade. Contudo, não posso deixá-la dominar. São os renegados e perdidos que aparecem nos momentos de fraqueza. E firme permaneci.
    O sentindo se esvai. Acordo e leio. Vejo palavra após palavra. Ainda lembra. Ainda sente. E eu também. Tudo se acalma. Já não preciso correr, fugir, fingir. É só esperar. Viver. E nunca deixar os impulsos predominarem. Guiar o próprio caminho. Sem esquecer o rumo. Sem se entregar. E deixar que tudo venha. E que tudo leve. Até não mais existir. Até os últimos dias. Na última sentença verdadeiramente real.

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