domingo, 20 de março de 2011

Conclusão

    Fumaça que se estende. Vento que domina a pele. Esquece tudo. São só lembranças. São só palavras. O amanhã resiste. Firme. Sopro inconsciente da memória. Sugam as emoções. São derradeiras verdades. O frescor se esvai. A realidade cerca. Rodeada de cristais. De falsas intenções. De passado. 
    Amanhecer. As horas voam. O mundo se acaba. Repetindo-se. Numa constante eterna. Em vão. Em prol do mais importante. Ou não. São significações. O aprendizado, as felicidades, as tristezas. Um punhado de tantos. Dos outros. Que ficam. E retornam. E partem. Bobagens. Dizem que são sempre tolos aqueles que elegem o sentimento ao invés da razão. Nem há mais escolha. Nem quer que tenha.
    Florescem os campos. O sol se põe. Os dias passam. A angústia. O rancor. As emoções frustradas. A passageira determinação do ser desvanecido. É mais a escrita. O resta fica. E os sorrisos param. Suspiros. Neblina. Possuir é o mais almejado. E, o depois é só vontade. É só querer. E ponto. É preciso ser mais claro. É preciso não jogar. É preciso acreditar em si e não se entregar as lamentações. A vibração. A gélida calma perturbada. O dizer e não ser mais claro. 
    O entorpecer de chamas. A melancolia que não escapa. A solidão temida e esquecida. E o futuro que aguarda sorrindo ironicamente. São só sentenças. Uma após a outra. Sistematicamente. Recobrando o irreal. O fantasioso destino interrompido pelo acaso. Esse sim é real. As lágrimas foram vertidas.
      Os erros. A penitência. A fuga. Voltar. Relembrar. Sílaba por sílaba. É só ler. Conhecer de verdade. Assim, é mais fácil enxergar. Ter por completo o perfil da imagem feita. Julgamentos. O insensível semblante. O ignorar. Certezas. É tão mais fácil eliminar o indevido. A insegurança. A jornada começa. E o final será feito. A oportunidade. A retratação. São só reuniões de letras. 
       Seguir e continuar acreditando. Em si. Mais que qualquer coisa. Mudando eternamente. Veloz. Como sabe que é. Disposta a ser o que planejou ou até mais. Sentada na varanda. Não vendo a vida passar. Mas, sem dúvida alguma que reste. Com o sabor de cada vitória e cada passo conquistado.

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