segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Sozinha




   Olhando para tantas luzes. Tantas vidas. Pergunto-me o significado de existências. O porquê dos dias passarem. Das horas. O que é necessário. Quantas ilusões e derrotas acontecem. No mesmo instante, vitórias e alegrias. O quanto ocorre. O sol brilha diferente para cada um. As verdades são outras. As ideologias são diversas.
    O vento sopra. As estrelas estão ali. Cada minuto. Agora. Nascem. Morrem. Suspiros. Eternos. Ciclos intermináveis. Vício. Pensamentos. Soltos. Dilacerados. Repartidos compulsivamente. Cada palavra escrita. Soletrada. Novos significados. Repetições. Angústias. Soterradas em lamentos. Rancores tardios. Sem precisão.
    O templo da alma permanece encerrado. Até que não haja mais repressão. Arrependimentos. Não é de amor que falo. Mas, sim de uma fraternidade quebrada. Talvez. Não para sempre. Espero que não. Contudo, a esperança se esvai. O desdém incomoda. Fere.
    Após diversas batalhas vencidas. Após uma vida. Volto aos mesmos pensamentos. Em um mundo em que nada mais reage. Somente a bruma do anoitecer. O sono. Vence. Escuto. Tento não responder. Então, sem forças entrego-me a calma insólita. Abandono uma luta já perdida. E, pela primeira vez, espero.
      Espero, porque não há nada mais para se fazer. Pois, fui eu quem minou as chances. Quem se esqueceu de uma amizade tão natural. Espontânea. Divertida. Sem dor. Sem maiores esforços. Sem cansaço. Terminada está. Ou não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário