segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Salvação



   Incrível como a felicidade brota com um olhar. Com um gesto. Agora, abandono todas as angústias, deixo a solidão para trás. A saudade era tão imensa que queria chorar incontrolavelmente, cair de joelhos. Mas, nada disso importa neste momento. Tudo é abandonado ao vento quando posso ter ao meu lado quem preciso ter.
   Não há como negar. Fui arrastada para um caminho que não tem volta. Que não quero que tenha. Sinto. Finalmente, posso dizer que sinto. De verdade. Sem farsas. Mentiras. Jogos desnecessários. Pulsa em mim toda a alegria do mundo. 
   A lua, deliciosamente cheia, conversa comigo. Ilumina a minha face. Traz esperanças. E naquele olhar, encontro o que preciso. A dor da partida é insuportável. Porém, só adoça ainda mais o retorno. Está ali é o que necessito. Os dias arrastam-se. As horas são infinitas. Contudo, ao conquistar o reencontro tudo se harmoniza.
   No final, enxergo claramente o quanto o acaso é meu cúmplice. Inegável. Lamento ter repudiado dele. Já não me interessa pensar no passado. Recordar é profundamente importante. Mas, não vital. O que espero, neste instante, são tardes, ensolaradas. Completas. E a eternidade deste amor cristalinamente doce.

2 comentários:

  1. Sua escrita é extremamente feminina... é bonito. Como se todos os sentimentos do mundo se reunissem para escrever. Gosto disso.

    Abraço, querida.

    ResponderExcluir
  2. Obrigada, Leandro! Abraços para voc~e também!!

    ResponderExcluir