terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Candente Anoitecer

    Ensolarada manhã queima a face translúcida. Ainda extasiada, procuro o ar desvanecido. Livre sensação. Não mais imposta ou acorrentada. Certezas fielmente afirmadas. Escolhas precisas iluminam o futuro. Elevam  a aura. Inflamam as emoções.
    Agora, ao recordar mais uma vez daqueles olhos, o amanhecer é renovado. Doce sentimento alcançado. Sorrisos transcorrem, fluem, espalham-se. O corpo vibra. A alma candente crava lembranças do gosto mais delicioso de todos.
   Entoando outra vez a mesma canção, os pássaros silenciam a música cotidiana. O mundo para. Ao redor, tudo gira. As pupilas dilatam. Esqueço tudo. Todos. Não há nada que importe. Só o momento. Só viver tudo aquilo. Tão intensamente.
      Infinito contentamento. Frescor estabelecido. Sussurros ecoados. Cálidos gestos confirmam as verdades de outrora. Então, vem a chuva. E, assim, conecto-me com o céu. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário