quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A Espera

  O amanhecer surgiu novamente. Mais uma vez ele falha. Não existe mais amanhecer que me cure. As dúvidas cessaram tarde demais. Apagaram-se todas as incertezas. Aquele beijo precisava ter acontecido. Todas as lágrimas tinham que ser derramadas.
   Superar e esquecer. Não são as palavras. Talvez um recomeço fosse a melhor escolha. Mas, naqueles olhos que outrora brilhavam por mim, as chances foram todas renegadas. Preciso do tempo. Ele não colabora. Não passa. Nada muda.
    O desespero me persegue. Consumo cada gota de ilusão. Na noite mais escura de todas me perco em devaneios. Novamente, me fecho. Na verdade é o pior que poderia acontecer. Abandonar para não ser abandonada.
     Dessa vez, lutarei com todas as forças, com todas as armas. Viverei, mais uma vez, num mundo que me pertence, que só eu conheço. Esconderei todos sentimentos, guardarei todas as lembranças. Porém, voltarei atrás quando ouvir aquela voz outra vez. 

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